Atualizado em 15/05/2025.

O milho safrinha vem consolidando a força do Brasil como um dos maiores produtores e exportadores globais do cereal. Comparando as estimativas do 7º Boletim de safra de grãos da Conab (abril) com o 8º (maio), vamos que a safra mantém trajetória positiva, com incrementos na produção e na produtividade.

Apesar das adversidades climáticas enfrentadas no início do plantio da safrinha, como o veranico em regiões do Centro-Oeste e em Minas Gerais, o retorno das chuvas no fim de março e no início de abril contribuiu para estabilizar parte das lavouras e recuperar o potencial produtivo.

Agora, as atenções se voltam para as condições climáticas de maio, que serão decisivas em algumas regiões para consolidar as expectativas de produção e produtividade.

Se você busca informações detalhadas e estratégicas para o milho safrinha, está no lugar certo. Vamos juntos entender o que o futuro reserva para essa safra que, de safrinha, só tem o nome.

Área plantada e produção do milho safrinha 2025: expectativas mais altas

Inicialmente, a estimativa da Conab para a área plantada com milho safrinha nesta temporada era de 16,5 milhões de hectares, 1% a mais em relação a 2024. 

No 7º levantamento da Conab, esse número subiu para 16,9 milhões de hectares, representando um aumento de 2,8% em relação ao ciclo anterior. Agora, no 8º levantamento da Conab, esse número foi ajustado para 16,99 milhões de hectares, confirmando um crescimento de 3,3% frente a 2024. 

A produtividade média, que, no levantamento anterior, estava estimada em 5.794 kg/ha, foi revisada para 5.875 kg/ha – reflexo das condições climáticas mais favoráveis em maio. 

Com isso, a produção total subiu de 97,89 milhões de toneladas para 99,8 milhões de toneladas, um incremento de 9,7 milhões de toneladas em relação à safra 2023/24.

Ritmo de plantio e impacto climático na segunda safra de milho

O plantio do milho safrinha está 100% concluído em todas as regiões produtoras. 

Estados, como Mato Grosso, Goiás e Paraná, finalizaram as operações dentro da janela ideal, enquanto Minas Gerais e Mato Grosso do Sul tiveram lavouras afetadas pelo veranico de fevereiro/março – parte delas em recuperação.

Desafios fitossanitários para o milho safrinha: pragas e doenças no radar

Apesar da melhora climática, o 8º Boletim da Safra de Grãos da Conab relatou:

  • Pressão de cigarrinhas e lagarta-do-cartucho em Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
  • Aumento de doenças fúngicas (como helmintosporiose e diplodia) devido ao excesso de umidade no MS.
  • Infestação de cigarrinha, lagartas e doenças de colmo limitaram o desempenho das lavouras na Bahia.

Panorama do milho safrinha por região

  • Centro-Oeste

Mato Grosso: chuvas regulares favoreceram lavouras, especialmente as semeadas fora da janela ideal. Fitossanidade estável, sem relatos de pragas graves. Destaque: alto potencial produtivo.

Mato Grosso do Sul: umidade excessiva aumentou incidência de doenças (helmintosporiose, diplodia) e pragas (cigarrinhas). Lavouras do centro-sul se recuperam com chuvas recentes.

Goiás: 50% das lavouras em floração e 30% em enchimento de grãos. Chuvas acima da média em abril ajudaram na recuperação de áreas antes estressadas.

Distrito Federal: clima favorável, com colheita prevista para julho e destaque para práticas agrícolas eficientes que reduziram a incidência de pragas.

  • Sudeste

Minas Gerais: dois cenários – lavouras semeadas em fevereiro têm potencial reduzido (veranico) – lavouras tardias (março) se beneficiam de clima favorável. Área cultivada aumentou 4,8%.

São Paulo: condições climáticas favoráveis na maioria das áreas, com lavouras em estágio reprodutivo.

  • Sul

Paraná: precipitações irregulares, mas lavouras em boas condições. Incremento de área devido à substituição de feijão por milho (ataque de mosca-branca).

Santa Catarina: chuvas bem distribuídas, com as lavouras em estágio reprodutivo e destaque para a baixa pressão de pragas, com foco em monitoramento preventivo.

  • Nordeste

Maranhão e Piauí: clima favorável, com lavouras em enchimento de grãos. Necessidade de chuvas para finalização do ciclo.

Bahia: bom desenvolvimento, sem relatos de problemas fitossanitários.

  • Norte

Pará: chuvas regulares garantem potencial produtivo. Lavouras em diferentes estágios (de vegetativo a reprodutivo).

Rondônia: excesso de chuvas no plantio, mas lavouras agora com bom desenvolvimento.

Um olhar sobre o milho safrinha 2025: resumo das expectativas e dicas finais

A segunda safra de milho (ou milho safrinha), em 2025, segue com projeções ainda mais positivas, com o 8º Boletim da CONAB confirmando um aumento na produção para 99,8 milhões de toneladas – um incremento de 1,9 milhão de toneladas em relação às estimativas de abril. 

Mesmo após um início desafiador, marcado por estiagens em Estados produtores, como Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, a recuperação das lavouras beneficiadas pelas chuvas de abril e maio consolidou um cenário otimista, com produtividade média estimada em 5.875 kg/ha – a maior dos últimos três anos.

O crescimento no rendimento reflete não apenas as condições climáticas mais favoráveis, mas também o esforço dos produtores em adotar tecnologias e manejos eficientes, reforçando o papel do Brasil como um dos principais players no mercado global de grãos.

Entretanto, o sucesso desta safra ainda dependerá da capacidade de resposta diante dos desafios em curso. Em Estados como Minas Gerais, a pressão de cigarrinhas e lagartas exige monitoramento rigoroso, enquanto, no Mato Grosso do Sul, o excesso de umidade elevou a incidência de doenças fúngicas, como helmintosporiose e diplodia. Planejamento estratégico, aplicações preventivas e ajustes rápidos no manejo serão determinantes para proteger o potencial produtivo nesse fim de ciclo.

O manejo integrado, que combina biotecnologia, rotação de culturas, uso racional de defensivos e agricultura de precisão, permanece sendo um dos pilares da sustentabilidade e da rentabilidade no campo.

Os produtores devem, ainda, estar atentos às informações do mercado, às previsões climáticas e aos alertas fitossanitários. Investir em capacitação e buscar o suporte de especialistas e parceiros do setor, como a Syngenta, pode proporcionar um manejo mais eficiente e estratégico das lavouras.

Por fim, enquanto o milho safrinha se consolida como uma das culturas mais estratégicas para o agronegócio brasileiro, a cooperação entre os diferentes elos da cadeia – desde os produtores até as indústrias e exportadores – será fundamental para superar desafios e aproveitar as oportunidades que o mercado oferece. 

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